sábado, 23 de fevereiro de 2008

Quando...

Quando já não há nada a perder, porque já se perdeu tudo. Quando não há mais nada a dizer porque todas as palavras parecerão repetidas e sem sentido ou quando se deixa de ouvir música porque a dança já não é coordenada, só resta o vazio....um vazio que vai preenchendo o espaço que alguém ficou de ocupar...e depois, através de uma capacidade absurda vamos tentando preencher esse vazio, com coisas que não têm o tamanho suficiente para cobrir o espaço em branco.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Para quem foge, e não quer fugir

Trazes no olhar um medo que não entendo, que não consigo sustentar...um medo que não condiz com quem trazes todos os dias. Um medo que não se entrelaça nos teus caracóis, nem percorre o teu sorriso...apenas se insere nos teus olhos...bem lá no fundo, para quem sabe olhar. Porque só decifrando as tuas meninices se percebe o quanto te assusta o que não conheces, ou melhor, o que pensas não vir a conhecer.
Mesmo assim carregas o Mundo contigo, e permaneces no mundo de cada um de nós...a cada gargalhada tua, a cada abraço teu.
Será que já olhas-te para ti enquanto voas? Já olhas-te para ti quando enches os dias de azul? Não, pois não? Sabes porquê? Porque te recusas a olhar para o espelho que tens à frente, mas para o espelho verdadeiro, não para esse que alguém partiu um dia e onde apenas vês reflectidos pedaços de ti que estão distorcidos.
Penso que desconheces a tua força...
Só porque alguém um dia se lembrou de te roubar os sonhos, ou só porque alguém um dia, pura e simplesmente, não te deixou sonhar...
Não deixes morrer o que ai tens dentro...não apagues o brilho que trazes...porque nesse dia apagar-me-ei contigo...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Não me faças amar-te

Não me faças amar-te mais ainda...dá-me motivos para te odiar, para que a tua perda seja necessária e mais fácil de entender.
Não feches os olhos ao meu toque, nem digas o que quero ouvir, tão pouco sejas compreensivo e companheiro comigo para que a tua ausência não doa tanto.
Estou parada...estagnei porque já não sei o que está certo e o que está errado. Não sei o que queres nem o que eu quero.
Sei que brevemente vais partir...então de que serve guardar a tua voz e o teu sorriso? Quero apenas recordar o que tens de pior para não te amar.